quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Big Brother

Antes de todas essas festas de final de ano rolarem eu estava preparando um post para falar um pouco sobre amor, lealdade, fidelidade e todas essas coisas que todos passam a "notar" e desejar uns aos outros just because it's Xmas time. Como não cheguei a concluí-lo deixei pra lá (Natal já foi mesmo). Mas a questão é justamente esta: Você só pode/deve notar a importância daqueles que te acompanham em ocasiões especiais e festivas? I don't think so!

Em 2004 aconteceu algo bem desagradável comigo. Antes preciso lembrá-los que frequentava uma igreja evangélica e participava com frequência de várias atividades. Aquilo preenchia meu tempo livre e contribuiu em muito pra formação que tenho hoje (seja isso bom ou ruim).
Lá eu fiz um grande amigo: Márcio. Posso chamá-lo de amigo porque após 10 anos (o conhecí em 1999, se não me engano) ele permanece presente na minha vida de maneira ativa. Mas continuar frequentando minha casa não é o suficiente para que eu considere alguém tanto como o considero.

Vamos aos fatos! Márcio e eu sempre nos desentendemos. Somos pessoas bem distintas. Opostos praticamente. Mas não é fato que os opostos se atraem?! Já ficamos anos sem nos falar. Hoje nossa relação é bem mais madura e, nossa! Como eu prefiro assim!
Durante uma de nossas fases de distanciamento me aprontaram uma sacanagem. Meus "irmãos" da igreja, desconfiando de minha homossexualidade, resolveram me pregar uma peça. Já não era membro da igreja (teoricamente nunca fui de fato) e nem morava mais no mesmo bairro, o que facilitou a armação deles (acho).
Belo dia recebo uma ligação de um admirador secreto falando que me conhecia do trabalho e que já vinha me observando há meses. Como eu achava tudo aquilo muito novo (era praticamente um adolescente) caí facilmente na armadilha deles. Eles tiveram a confirmação que queriam e fizeram o que mais tinham prazer em fazer na congregação. Não! Não era louvar ao Senhor, era encontrar as "falhas" dos irmãos e revelá-las para toda a congregação. Assim todos poderiam ajudar julgar aquele "pobre pecador".

Quando essa conversa chegou ao Márcio, ele tomou as dores. Ele e somente ele me defendeu alí e falou com cada um dos responsáveis sobre as possíveis consequências daquilo tudo. Aquela que eu chamava de melhor amiga e que eu esperava ficar ao meu lado foi só mais uma das que também ajudou a espalhar o acontecido. E isso ele fez quando estávamos brigados. Só fiquei sabendo dessa história um ano depois que ela aconteceu. Pode parecer algo simples para uns, mas o stress emocional que eu enfrentei foi único. Mas este é um dos momentos onde se pode ver quem realmete está com você mesmo não estando ao seu lado. Sinto-me feliz em ter alguém assim e dedico esse post a ele.

Meu Natal e Reveillon de 2008 não foram bem como eu gostaria, mas posso dizer que foi com a pessoa certa :]
Essa vai especialmente pra você, Márcio:



Stay for a while
Well, it's good to see your smile
And I love the company
Stay for a while
And remember the days gone by
For a moment it can seem
Just the way it used to be.

Se você achou esse post to much candy, foda-se porque eu tenho direito de brincar de ser feliz !!!